O movimento de políticos na residência do senador Angelo Coronel (PSD) em Salvador, nesta quinta-feira (30), foi intenso. Passaram por lá diversos prefeitos que estavam na capital para participar de um encontro organizado pela União dos Municípios da Bahia (UPB) e mais de 20 deputados estaduais da base do governo e da oposição.
A todos, segundo apurou o Política Livre junto a três políticos que conversaram com Coronel, o senador ressaltou que será candidato à reeleição em 2026 mesmo que não seja na chapa governista. Ou seja, admitiu que pode concorrer pela oposição, como já cogitou publicamente.
“Ele (Coronel) até brincou e disse que dá risada quando lê na imprensa que articula na Assembleia Legislativa para se manter na chapa da base do governo em 2026, dizendo que não precisa estar num lugar, se não quiserem ele, para concorrer ao segundo mandato como senador”, afirmou um dos deputados da base governista recebido em audiência.
Aos parlamentares da Assembleia Legislativa, inclusive da oposição, Coronel falou sobre o acordo que resultou na retirada dos deputados Rosemberg Pinto (PT) e Angelo Coronel Filho (PSD) da disputa pela 1ª vice-presidente da Casa, revelado em primeira mão pelo site na noite de quarta (clique aqui para ler).
O senador pontuou que já tinha um acerto com a deputada Ivana Bastos (PSD), que será candidata única e de consenso para a 1ª vice, e que a questão ficou pacificada com o governo. Entretanto, deixou claro que Ivana também precisava se viabilizar junto aos parlamentares, o que ocorreu ao longo do dia de ontem (clique aqui para ler).
Na avaliação dos aliados do senador na Assembleia, o governador Jerônimo Rodrigues e o PT saíram fragilizados da disputa pela vice da Casa, enquanto o PSD se fortaleceu com as duas principais cadeiras na Mesa Diretora, mesmo que nenhum delas tenha ficado com Angelo Filho, vetado pelos petistas.
“Se o partido que comanda a Assembleia e tem o maior número de prefeitos na Bahia estiver com Coronel para 2026, ele chega muito forte para disputar a reeleição. Vale lembrar, ainda, que tanto o presidente Lula (PT) quanto o governador Jerônimo precisam do apoio do PSD para atrair o eleitor mais de centro”, avaliou outro deputado estadual da base do governo recebido pelo senador ontem.
Política Livre